Não faltam imitadores do
famoso "Raráái" por ai. Mas nenhum tem de manter tanta distância do dono
da risada como Wellington Muniz, o Ceará do "Pânico" (Band). Foi
justamente com uma sátira diferenciada de Silvio Santos que Ceará ficou
conhecido pelo grande público. Formou durante anos, ao lado do repórter
Vesgo, a dupla dinâmica do "Pânico" ao infernizar famosos nas portas dos
eventos.
Agora, peruca,
microfone de lapela e a dentadura que compõem o personagem vão para o
fundo da gaveta. Após quase 20 anos fazendo sua versão do apresentador,
sendo dez na TV, o humorista foi proibido por uma liminar de imitar ou
constranger Silvio Santos. O "Pânico" deve ainda manter distância de no
mínimo cem metros do apresentador, sob risco de pagamento de multa de R$
100 mil.
O dono do SBT ingressou
com uma ação contra o programa no dia 28 de maio, de surpresa. Ele teria
ficado aborrecido com os últimos cercos da trupe na saída do
cabeleireiro Jassa, em São Paulo, e com o fato de os humoristas terem
dublado uma fala sua inserindo um palavrão.
"Não entendi até agora o que aconteceu. Sempre fiz como uma grande homenagem e achei que ele entendesse assim", diz Ceará à Folha.
Santos chegou a autorizar no ar, em 2007, que o grupo usasse o
personagem. "Já fomos ao SBT. Achei que tínhamos uma boa relação."
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